Fernanda Cruz
Repórtes da Agência Brasil
São Paulo - Campinas, a terceira maior cidade do estado de São Paulo – com o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) –, está entre as 12 cidades paulistas que terão segundo turno no domingo (28). Em 2009, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade chegou a R$ 31,6 bilhões, a maior parte concentrada em serviços (R$ 17,5 bilhões), seguido por impostos sobre produtos líquidos de subsídios (R$ 7,5 bilhões) e pela indústria (R$ 6,5 bilhões). A região metropolitana de Campinas, formada por 19 cidades, responde por quase 3% do PIB brasileiro.
O segundo turno será disputado entre o deputado federal e radialista Jonas Donizette (PSB), que obteve 47,6% votos (245,217 mil) no pleito do dia 7 de outubro, e o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Marcio Pochmann (PT), que conseguiu 28,44% (147,130 mil). Na cidade, os votos brancos somaram 5,88% e os nulos, 12,62%. A abstenção ficou em 19,52%. Com pouco mais de 1 milhão de habitantes, de acordo com dados do IBGE de 2012, o município é também o mais populoso do interior do país.
Jonas Donizette nasceu em Monte Belo (MG). Ingressou na política em 1992 como vereador em Campinas, foi reeleito duas vezes. Durante o terceiro mandato, em 2002, foi eleito deputado estadual, reelegendo-se para o cargo em 2006. Em 2010, Donizette foi eleito deputado federal. Na Câmara dos Deputados, ele presidiu a Comissão de Turismo e Desporto.
Economista, Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp). Nasceu em 1962, na cidade gaúcha de Venâncio Aires. De 2001 a 2004, Pochmann dirigiu a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da capital paulista. A partir de 2007, passou a exercer a presidência do Ipea.
O novo prefeito vai gerir uma cidade com o terceiro maior parque industrial do Brasil, onde estão as 50 das maiores empresas do mundo. A renda per capita do município chega a R$ 29,7 mil, e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), medido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), alcançou 0,85 – em uma escala de 0 a 1.
Apesar do tamanho e do bom desempenho na economia, a cidade teve, desde a última eleição em 2008, três prefeitos diferentes. Em 2010, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Campinas, começou a investigar um esquema de fraude em licitações envolvendo a prefeitura e a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas (Sanasa). Em agosto do ano passado, o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) foi cassado pelos vereadores da cidade.
O vice de Hélio, Demétrio Vilagra (PT), assumiu o cargo até ser afastado da prefeitura, em dezembro de 2011. O ex-presidente da Câmara Municipal Pedro Serafim (PDT) tornou-se prefeito e chegou a concorrer nas eleições. Porém, o candidato não passou para o segundo turno, ao ficar em terceiro lugar, com 18,47% dos votos.
Edição: Talita Cavalcante