Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em visita a Israel hoje (13), sábado, dia sagrado para os judeus, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, aproveitou para ir a dois lugares santos – o Monte das Oliveiras, na parte antiga de Jerusalém, e Belém, na Palestina.
Patriota tem uma série de compromissos políticos com autoridades israelenses amanhã (14), quando levará a mensagem da presidenta Dilma Rousseff em favor do diálogo e da cooperação na busca pela paz. Depois dos israelenses, o chanceler tem reuniões com autoridades palestinas.
No Monte das Oliveiras, Patriota caminhou pela área, que é cercada por colinas. O local é sagrado para as três maiores religiões monoteístas – o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. A Bíblia relata que Jesus fez vários sermões a céu aberto no local. Segundo guias turísticos israelenses, havia ali um templo religioso.
Em Belém, na Palestina, o chanceler conheceu a realidade vivida pelos palestinos que sofrem uma série de restrições impostas pelo governo de Israel. Em Belém, está a Basílica da Natividade, conhecida também como Igreja da Natividade, semelhante a uma caverna. A tradição cristã diz que Jesus nasceu no local onde foi construído o templo. Por isso é um local sagrado.
Patriota chegou ontem (12) a Israel, onde fica até amanhã para uma série de compromissos. Em Tel Aviv, capital administrativa do país, Patriota tem reuniões com o presidente Shimon Peres e com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, além dos ministros Avigdor Lieberman (Relações Exteriores), Dan Meridor (Inteligência e Energia Atômica) e Daniel Hershkowitz (Ciência e Tecnologia).
Em pauta, a negociações por um acordo de paz entre israelenses e palestinos, além da ampliação da agenda bilateral. A viagem do chanceler brasileiro tem dois destinos – Israel e a Palestina, na segunda-feira (15). Patriota pretende mostrar a preocupação que o Brasil tem com a região.
Para o governo do Brasil, é fundamental a criação de um Estado da Palestina autônomo e independente. Também defende que todas as negociações devem ser conduzidas sem ameaças à segurança na região.
A presidenta Dilma Rousseff tem dito que o reconhecimento da Palestina é a única solução de paz entre israelenses e palestinos. Segundo ela, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve dar prioridade ao assunto e buscar uma solução imediata para a questão.
As relações econômicas entre o Brasil e Israel têm sido ampliadas a partir do acordo de livre comércio (do Mercosul com Israel), em vigor desde 2010. De 2002 a 2011, o intercâmbio comercial aumentou 215%, passando de US$ 445 milhões para US$ 1,4 bilhão.
De Tel Aviv, em Israel, Patriota segue para Ramalah, na Cisjordânia. Nas conversas, ele pretende mencionar a defesa do governo brasileiro na promoção do desarmamento nuclear e da não proliferação de armas nucleares. O Brasil defende a criação de uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio.
Edição: Juliana Andrade // A matéria foi alterada às 16h12 para corrigir informação. O foguete foi lançado na região visitada pela comitiva brasileira ontem (12) e não hoje (13), como o texto informava. O título também foi alterado.