ONU prorroga mandato da missão de paz no Haiti e anuncia redução do número de militares no país

13/10/2012 - 18h05

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) estendeu o mandato da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) por mais um ano, até 15 de outubro de 2013, e determinou a redução do efetivo de militares na região. Com isso, o número de militares brasileiros deve cair para cerca de mil homens, a mesma quantidade que atuava no país antes do terremoto de 2010, de acordo com o Ministério da Defesa. Atualmente, 1.899 militares brasileiros estão no Haiti, segundo dados da ONU.

O prazo para a redução, segundo o conselho, é junho de 2013. A determinação é para que o número total de militares na região diminua dos atuais 7.340 para 6.270, e o de policiais passe de 3.241 para 2.601. Em outubro de 2011, o Conselho de Segurança já havia determinado uma diminuição da tropa.

As forças de paz no Haiti vêm passando por uma redução de contingente com a transferência de responsabilidades da Minustah para unidades policiais do país. A transferência já está concluída em quatro dos dez departamentos, de acordo com relatório divulgado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Em julho de 2013, a missão da ONU pretende concentrar a presença militar em cinco centros de segurança: Porto Príncipe, Léogâne, Gonaïves, Cap-Haitien e Ouanaminthe.

A decisão de estender o prazo de atuação da Minustah foi tomada ontem (12) de forma unânime pelos 15 países-membros do Conselho de Segurança da ONU. Ban Ki-moon avaliou que o Haiti deve se concentrar no fortalecimento de suas instituições de Estado de Direito, incluindo a Polícia Nacional e o Conselho Eleitoral, bem como na geração de empregos e no combate à pobreza.

O Conselho de Segurança da ONU criou a Minustah em junho de 2004. Desde então, o Brasil detém o comando militar da missão, que reúne militares de 19 países. A força de paz atua na tentativa de garantir a segurança na região, que sofre com a ação de guerrilhas urbanas e graves problemas sociais.
 

Edição: Juliana Andrade