Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Para homenagear o policial militar (PM) morto na Rocinha, na quinta-feira (13), a organização não governamental (ONG) Rio de Paz estendeu hoje (14) uma faixa na Praia de Copacabana, zona sul da capital, com a frase “Ele tombou pelo sonho da pacificação”. A manifestação também chama a atenção para as precárias condições de trabalho dos policiais.
Integrante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do bairro, o PM Diego Bruno Barboza Henriques, de 24 anos, foi baleado enquanto fazia patrulhamento de rotina, a pé. O culpado pelo disparo ainda não foi encontrado. Uma equipe de 40 policiais civis da Divisão de Homicídio fez uma operação hoje na comunidade em busca dos assassinos, mas ninguém foi preso.
“Daniel estava trabalhando, ganhava pouco, exercia uma profissão de altíssima complexidade e teve sua vida interrompida de maneira brutal”, disse o presidente da ONG Rio de Paz, Antonio Costa. Para ele, a morte do policial deve chamar a atenção para as condições de trabalho desses profissionais, como baixos salários e alto risco de vida.
“Colocamos sobre os ombros da polícia a responsabilidade da pacificação, mas não estamos lutando para que tenham subsídios para alcançar sua meta”, destacou. Costa quer que a comunidade carioca seja pioneira no Brasil na defesa de melhores condições e valorização dos policiais. "Em qualquer lugar da Europa, um fato desse [a morte do PM] não é considerado normal".
Dados do Instituto de Segurança (ISP) mostram que 11 policiais (civis e militares) morreram no estado do Rio até julho deste ano. Em 2011, foram cinco mortos no mesmo período.
Edição: Graça Adjuto