Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os agentes federais no Rio responsáveis pelos serviços de análise e inteligência decidiram hoje (12) aderir à greve da Polícia Federal (PF), que dura 36 dias.
"Com a entrada dos agentes, responsáveis pela escuta telefônica que dá suporte às principais operações desencadeadas pela PF, a greve se fortalece ainda mais, uma vez que ficam paralisadas também as operações de combate aos crimes financeiros e desvios de verbas públicas", disse o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Telmo Correa.
Correa disse que a greve no Rio permanece com forte adesão e apenas 30% do efetivo estão sendo mantidos em serviços essenciais, como emissão de passaportes em regime de emergência e escolta de presos de alta periculosidade. As investigações estão paradas e desde hoje também foram paralisadas as atividades de análise de inteligência das grandes operações da PF deflagradas no estado.
Os policiais federais em greve farão uma campanha de doação de alimentos e artigos de higiene na próxima sexta-feira (14) em frente à sede da Superintendência Regional da PF, na Praça Mauá, zona portuária do Rio. A coleta também deverá se estender às delegacias especializadas que funcionam em diversos municípios do estado. A decisão da realização da campanha foi tomada durante assembleia na tarde de hoje.
Os escrivães, papiloscopistas e agentes da PF pedem reestruturação da carreira, equiparação salarial a cargos como auditor da Receita Federal e de oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e realização de novos concursos públicos. A categoria já havia rejeitado o reajuste salarial proposto pelo governo de 15,8%, o mesmo percentual oferecido, e aceito, pela grande maioria dos servidores públicos federais,
" A nossa questão não é por aumento de salário, mas de reconhecimento das atribuições que já exercemos na prática. Queremos que o governo envie um projeto de lei, já pronto, para votação no Congresso Nacional em regime de urgência", disse Correa.
Edição: Fábio Massalli
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Agentes fazem protesto na Superintendência da PF no Rio de Janeiro
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