No Rio, Grito dos Excluídos ocupa a Avenida Presidente Vargas para reivindicar o Estado a serviço do povo

07/09/2012 - 18h36


Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O movimento O Grito dos Excluídos, em sua 18ª edição, ocupou hoje as pistas da Avenida Presidente Vargas, no centro da capital fluminense, logo após o encerramento do desfile cívico-militar deste Sete de Setembro, em comemoração ao Dia da Independência. Com o slogan "Queremos um Estado a Serviço da Nação, Que Garanta Direitos a Toda a População!", os integrantes do movimento reivindicavam um Estado a serviço do povo.

Os manifestantes também aproveitaram o fato de o Rio de Janeiro sediar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 para colocar em pauta questões como as remoções forçadas de comunidades como a Vila Autódromo, em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade, e dos moradores do Morro Santa Marta, em Botafogo, na zona sul. Eles também alertaram a sociedade para problemas como o da violência contra as mulheres, dos crimes de racismo e homofobia e sobre o avanço da militarização das policias Civil e Militar em direção ao que chamam de “serviço da exclusão”.

Marcelo Durão, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e um dos integrantes do colegiado que organizou O Grito dos Excluídos, disse à Agência Brasil que o objetivo do movimento é trazer a voz dos excluídos para as comemorações pelo Dia da Independência.

“A gente procura trazer para o movimento e para as comemorações do Sete de Setembro a voz e a mensagem dos excluídos. Pessoas que, na realidade, estão à margem desta independência que se comemora hoje aqui na Presidente Vargas. O que procuramos trazer é o grito por uma outra independência que valorize os trabalhadores e suas comunidades”, declarou.

O Grito dos Excluídos surgiu entre os anos 1993 e 1994, para marcar o dia de manifestações e protestos que “denunciam os atos cometidos em nome do imperialismo do sistema vigente, que atacam diretamente a soberania popular brasileira”, ressaltou Durão.

 

Edição: Aécio Amado