DF inaugura terceira UPA; promessa é construir dez unidades até o final do ano

31/08/2012 - 15h56

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A cidade de São Sebastião, localizada a 25 quilômetros de Brasília, recebeu hoje (31) uma das três unidades de Pronto-Atendimento (UPA) em funcionamento no Distrito Federal (DF). As outras duas estão localizadas em Samambaia e no Recanto das Emas.

A previsão inicial do governo era inaugurar um total de 14 UPAs em todo o DF até dezembro de 2011 – cada uma com expectativa de atender até 450 pacientes por dia. Entretanto, apenas o Núcleo Bandeirante integra a lista de cidades a serem contempladas ainda este ano.

De acordo com o secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa, dez UPAs devem ser construídas em 2012, mas não entregues. A dificuldade, segundo ele, está na contratação de profissionais de saúde para o atendimento.

Em relação às denúncias sobre falta de pediatras nas UPAs do DF, Barbosa disse que a meta da secretaria é disponibilizar médicos à população – não necessariamente de diferentes especialidades.“Infelizmente, se cobra o pediatra. Há um grande gargalo na pediatria na rede pública e também na privada”, disse. “Mas o médico está pronto para atender qualquer tipo de caso”, completou. A previsão é que a UPA de São Sebastião conte com quatro a seis profissionais de saúde por turno.

Durante a cerimônia de entrega da unidade, o coordenador-geral da UPA, Marcus Costa, e a administradora regional da cidade, Janine Rodrigues, cobraram do governador Agnelo Queiroz a construção de um hospital na região.

Em resposta, Agnelo disse que o hospital integra o planejamento da Secretaria de Saúde, mas que a UPA deve reduzir a demanda imediata por unidades de saúde. “Estamos mudando a cultura do pronto-socorro no DF”, explicou. “O hospital era a salvação e a saída para todos os casos, mas atende uma vez só e a pessoa vai para casa”, completou.

O secretário de Saúde confirmou que a reivindicação por um hospital em São Sebastião é antiga e avaliou que a construção deve acontecer “em um futuro não muito distante.”

Edição: Carolina Pimentel