Guilherme Jeronymo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A ministra dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, defendeu, em evento na manhã de hoje (22), a necessidade de um trabalho conjunto entre governo, terceiro setor e setor produtivo para evitar abusos e exploração sexual de crianças e adolescentes nos grandes eventos e obras de infraestrutura que o país realiza e que fará nos próximos anos.
“Se nós já temos um mapa de onde vamos instalar estes grandes empreendimentos, para onde direcionamos redes e grupos populacionais, grupos de trabalhadores tão amplamente significativos em termos numéricos, nós devemos atuar com as empresas”, declarou.
A ministra chamou a atenção, ainda, para a necessidade de um trabalho em prol de cinturões de proteção à criança e ao adolescente, nas obras e nos megaeventos, que seriam resultado de campanhas de fiscalização e informação e envolveriam empregadores, governos locais, polícias, entidades do terceiro setor e governo.
“Todos nós violamos profundamente os direitos humanos se não reconhecemos o direito à infância, que fica completamente destruído com a violência sexual. Nós não queremos ser, na Copa do Mundo, um país tolerante com a violência sexual. Devemos atuar juntos, ter um plano de ação nas cidades da Copa e no seu entorno turístico”, disse.
A ministra propôs hoje a criação de uma rede tripartite entre governo, sociedade civil e setor produtivo, visando a formação dos cinturões para a Copa de 2014 e a instalação de grupo de trabalho entre as entidades no começo de 2013. A proposta foi aceita pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que a capitaneará entre os empresários.
Edição: Fábio Massalli