Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A greve dos servidores nos hospitais federais do Rio de Janeiro está prejudicando parcialmente o atendimento à população. Muitos funcionários não aderiram à paralisação e seguem trabalhando normalmente. A triagem de novos pacientes não está sendo realizada, mas quem tem consulta agendada está sendo atendido.
No Hospital Geral de Bonsucesso, na zona norte da capital fluminense, cartazes informavam a adesão à paralisação, mas não havia no local integrantes do comando de greve. Todos os pacientes estão tendo acesso às instalações da unidade.
De acordo com a assessoria do hospital, o atendimento aos pacientes está normal. A unidade informou que, até a semana retrasada, servidores vinham realizando triagens dos pacientes, ocasionando grandes filas para o atendimento. Porém, nesta semana, o comando de greve não esteve no hospital. A emergência está atendendo apenas a casos graves e que oferecem risco de morte, devido à grande lotação do setor.
A aposentada Adelita dos Santos Silvestre, 71 anos, foi atendida como faz mensalmente no consultório de gastroenterologia. “A minha médica é uma mãe pra mim. Eu gosto daqui porque é tudo direitinho. Sempre vim, tirei sangue, fiz ultrassom e outros exames”.
Segundo a filha de Adelita, a estudante e dona de casa Miriam dos Santos, a consulta só ocorreu porque já estava marcada. Miriam disse que outros pacientes que não tinham agendamento estavam sendo orientados a telefonar para o hospital para verificar a situação da greve e saber de poderiam fazer os exames.
No Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, cartazes e panfletos informavam as principais reivindicações dos servidores, como aumento de recursos para a saúde; não à privatização; aprovação da tabela salarial e reajuste para o setor de saúde.
A cabeleireira Hilda Daniel, 40 anos, foi à unidade buscar medicamentos para o tratamento de diabetes. “Atendimento não consegui, as consultas não estão sendo realizadas. Só consegui remarcar para daqui dois meses. Fui atendida pela enfermagem. As receitas com os medicamentos estão sendo entregues, só não estão passando as consultas”.
A doméstica Esther Lídia da Silva Côrrea, 79 anos, foi ao local realizar uma consulta médica para o tratamento de câncer. “A minha sessão não está em greve. Toda vez que eu venho consigo realizar os exames de sangue e fazer quimioterapia. Está tudo normal no setor", disse.
Edição: Fábio Massalli