Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro- Parte da estratégia do governo federal de investir em infraestrutura, a concessão do Aeroporto Internacional do Galeão - Antonio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, deve ser anunciada até outubro, informou hoje (16), o governador Sérgio Cabral. A presidenta Dilma Rousseff anunciou ontem (15) o Programa de Investimentos em Logística para ferrovias e rodovias e disse que, na sequência, estão previstas ações para aeroportos e portos.
"Ela [a presidenta Dilma] me disse que, em setembro ou outubro, coloca [para licitação o Galeão], até lá estará com essa definição pronta", afirmou o governador à imprensa durante o 1º Congresso Nacional de Procuradores-Gerais de Ministérios Públicos dos Estados e da União.
Segundo Cabral, a presidenta está convencida da necessidade de mudança na gestão de aeroportos como o do Galeão e o de Confins, em Minas Gerais, cuja administração também deve ser licitada.
"O Gustavo [do Vale], presidente da Infraero [Empresa Brasileira de Infraestrurtura Aeroportuária] concorda, e o ministro da Secretaria da Aviação Civil [da Presidência da República], Wagner Bittencourt, também é a favor. Portanto, não há divergência no governo", disse o governador do Rio, que desde 2008 defende a concessão do Galeão para grandes operadores.
Para Cabral, "a lógica atual da gestão" de aeroportos no Brasil, pela próprias limitações burocráticas, está ultrapassada. Por isso, ele acredita que a concessão à iniciativa privada tende a dar mais flexibilidade e agilidade às administrações. Oferecer conforto aos passageiros com a ampliação da oferta de serviços e lojas também está entre as vantagens da concessão.
No dia 14 de junho, foram assinados contratos de concessão para ampliação, manutenção e exploração dos aeroportos internacionais de Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas) e Brasília entre a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e as empresas vencedoras do leilão. Os prazos das concessões são 30 anos para Viracopos, 25 para Brasília e 20 para Guarulhos. Os contratos poderão ser prorrogados uma única vez, por cinco anos.
Edição: Fábio Massalli