Renata Giraldi e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Com quase uma hora de atraso, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, subiu hoje (31) por volta das 10h a rampa do Palácio do Planalto. Ele foi recebido pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Sorridente, o venezuelano brincou com Dilma na chegada ao salão principal do Planalto. Chávez está em Brasília para oficializar a incorporação da Venezuela ao Mercosul.
Inicialmente, Chávez e Dilma assinarão o acordo para a venda de 20 aeronaves da 190AR da Embraer para a Venezuela. As negociações foram feitas pelo Brasil com a empresa estatal de aviação venezuelana, a Conviasa. As aeronaves 190AR têm de 98 a 114 assentos.
Em seguida, haverá uma reunião privada entre os presidentes Dilma, Chávez, Cristina Kirchner (Argentina) e José Pepe Mujica (Uruguai). Ao mesmo tempo, alguns presidentes terão reuniões bilaterais, como Mujica e Cristina. Depois, haverá o ato de assinatura da incorporação da Venezuela no Mercosul.
A cerimônia que oficializa o ingresso da Venezuela não significa que o país será integrado imediatamente ao bloco. A incorporação na prática só ocorrerá juridicamente no dia 13 de agosto, quando todos os prazos tiverem sido cumpridos, segundo as normas do Mercosul.
Suspenso do Mercosul desde o final de junho, o Paraguai não participa da solenidade nem aprovou o ingresso da Venezuela no bloco. Porém, a ausência do voto dos paraguaios, segundo diplomatas, não afeta a incorporação dos venezuelanos ao grupo.
Com o ingresso da Venezuela, o Mercosul contará com uma população de 270 milhões de habitantes (70% da população da América do Sul), registrando um Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes de US$ 3,3 trilhões (o equivalente a 83,2% do PIB sul-americano) e um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados (72% da área da América do Sul).
Edição: Talita Cavalcante
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