Fernando César Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Curitiba – Os governos federal e do Paraná assinaram hoje (23) termo de cooperação técnica que prevê a construção, no estado, de mais 70 mil unidades habitacionais por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida.
O programa já contratou 124,5 mil unidades habitacionais no Paraná - 81,4 mil delas foram concluídas. Os recursos aplicados ultrapassam R$ 8 bilhões. O déficit habitacional no estado é aproximadamente 260,6 mil domicílios, segundo cálculos da Fundação João Pinheiro.
As habitações serão construídas até 2014 e incluirão todas as três faixas do programa, que beneficia famílias com renda mensal bruta de até R$ 1,6 mil, R$ 3,1 mil e R$ 5 mil por mês.
O termo foi assinado pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e pelo governador do Paraná, Beto Richa, durante solenidade em Curitiba. A Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e a Companhia de Habitação do Paraná também participam da assinatura do termo de cooperação.
"Temos que combater o nosso déficit habitacional e, ao combatê-lo, estamos mudando a vida das pessoas e gerando empregos", afirmou o ministro Aguinaldo Ribeiro. "Falar em mais 70 mil moradias não é falar em qualquer número. O grande desafio é cumprir essa meta o mais rápido possível."
O ministério estima que irá aplicar cerca de R$ 5 bilhões na parceria. Os recursos são do Orçamento-Geral da União e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A contrapartida do governo paranaense é R$ 350 milhões.
"Estamos celebrando a consolidação de uma parceria fundamental para a redução do déficit habitacional", discursou o governador Beto Richa. "O programa [Minha Casa, Minha Vida] é um grande projeto do governo federal. Independentemente das ideologias partidárias [Richa é do PSDB, partido de oposição ao governo federal], precisamos agradecer à presidente Dilma [Rousseff] por estender a mão aos brasileiros que vivem no Paraná."
Greve dos professores - Um grupo de professores da Universidade Federal do Paraná saiu frustrado, logo no início da solenidade, em razão da ausência da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que, embora esteja em férias, havia confirmado presença. Conforme o ministro das Cidades, Gleisi o procurou para justificar a sua ausência no evento por questões familiares.
"Todas as universidades do país rejeitaram a proposta apresentada pelo governo, que até agora não nos chamou para continuar negociando", reclamou Luis Allan Künzle, presidente da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apufpr). Uma carta que os professores em greve pretendiam entregar à ministra foi repassada a Aguinaldo Ribeiro.
O ministro das Cidades também veio a Curitiba participar de uma reunião de trabalho com autoridades locais para tratar de obras viárias relativas à Copa do Mundo de 2014.
Edição: Fábio Massalli
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