Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Sustentados pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, os investimentos federais voltaram a acelerar em maio. Segundo dados divulgados hoje (27) pelo Tesouro Nacional, esses gastos somaram R$ 26,2 bilhões nos quatro primeiros meses do ano, 30,2% a mais que os R$ 20,2 bilhões desembolsados no mesmo período de 2011.
Os números constam do resultado fiscal do Governo Central (Tesouro, Previdência Social e Banco Central) para o mês de maio e mostram que os investimentos voltaram a crescer em relação aos primeiros meses do ano. Em janeiro, os gastos com investimentos tinham caído 1% em relação a janeiro do ano passado. Em fevereiro, veio a recuperação.
O crescimento acumulado do bimestre já somava 3,3% na comparação com o primeiro bimestre de 2011. Depois, em março, a alta se acentuou, com os investimentos disparando. A alta acumulada foi 23,5%.
O ritmo mais forte da evolução dos investimentos também se refletiu no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que gastou R$ 14,2 bilhões de janeiro a maio, crescimento de 44,8% na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado. Apesar da alta, a execução do PAC desacelerou em relação a abril, quando o crescimento acumulado atingia 50%.
Maio foi o primeiro mês em que os investimentos federais cresceram em ritmo maior que em 2011. De acordo com o Tesouro Nacional, nos cinco primeiros meses do ano passado, esses gastos tinham registrado expansão de 20,2%. Essa alta, no entanto, é sustentada pelos subsídios aos financiamentos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida, não pelas obras públicas.
Se forem subtraídos os R$ 8,3 bilhões gastos com o programa habitacional em 2012, os investimentos no ano totalizam R$ 17,9 bilhões. No mesmo período do ano passado, o Minha Casa, Minha Vida havia executado R$ 2,5 bilhões. Se esse resultado também for descontado, os investimentos federais em obras públicas de janeiro a maio de 2011 somam R$ 17,7 bilhões, resultado apenas R$ 200 milhões inferior na comparação com 2012.
Até o ano passado, o Tesouro excluía o Minha Casa, Minha Vida dos investimentos federais, considerando os subsídios habitacionais como despesa de custeio. A contabilidade só foi alterada neste ano, quando o programa passou a ser computado como investimento.
Edição: Lana Cristina