Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em uma semana, o governo palestino vai anunciar oficialmente que está em campanha para o reconhecimento como Estado observador da Palestina no cenário internacional. O anúncio ocorrerá no próximo dia 22, em Doha, no Catar, quando o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, vai informar à Liga Árabe a decisão. Os palestinos vão pedir ainda à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) a condição de Estado observador.
Atualmente, a Palestina é reconhecida como entidade permanente observadora. Com isso, as autoridades palestinas participam como observadoras nas sessões e nos trabalhos da Assembleia Geral da ONU e podem ter uma missão permanente no órgão. O governo do Brasil apoia os esforços palestinos para o seu reconhecimento como Estado observador, assim como para a sua autonomia.
Abbas quer que a Liga Árabe marque uma data para a apresentação do novo pedido de adesão à ONU. As datas consideradas têm relação direta com as situações históricas vividas pelos palestinos.
A primeira hipótese é setembro, quando ocorre a reunião anual da Assembleia Geral da ONU. Mas o pedido de Abbas pode ocorrer também em 29 de novembro, para coincidir com a sessão especial da ONU para celebrar os 65 anos da divisão da Palestina entre árabes e judeus ou, ainda, no verão europeu – no começo do próximo ano.
Para os palestinos, aprovar a condição de Estado observador é uma decisão avaliada praticamente como certa, indicando uma vitória aos esforços de obter futuramente o apoio para sua autonomia. Atualmente o Vaticano dispõe do reconhecimento como Estado observador. Até 2002, a Suíça tinha essa posição.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade