Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Cerca de 5 mil escoteiros de todo o país vão se reunir entre hoje (15) e sexta-feira (20), na capital fluminense. Eles são esperados no 5º Jamboree Nacional, evento que ocorre a cada três anos. O tema desta edição é "Muitas Origens, um só País", que remete à diversidade cultural.

O acampamento ficará nas instalações do Exército no Campo de Parada de Gericinó, na zona oeste, onde serão organizadas uma série de atividades para os jovens, que têm entre 11 e 17 anos, relacionadas à arte, cultura, paz, meio ambiente e ciência. Entre as mais esperadas estão os esportes praticados na praia como o futvôlei, o surfe, o kite surf e o frescobol.

"Os escoteiros são conhecidos por desenvolver atividades ao ar livre, aqui no Rio, tínhamos que oferecer essa possibilidade na praia", explicou o coordenador do evento, o diretor-presidente da União dos Escoteiros no Rio, Fred Santos, que prepara competições na orla de Grumari. Entre as modalidades, aposta no sucesso do frescobol. "É tipicamente carioca".

Passeios à Praia de Copacabana, ao Pão de Açúcar ao Cristo Redentor também estão na programação, além de aulas de dança de salão com a Academia Carlinhos de Jesus e oficinas de instrumentos musicais de baterias de samba. Apresentações de partido alto - uma espécie de competição de improviso de samba - ajudam a situar os participante no Rio.

Uma moeda própria, o Samba, foi criado para o encontro e apresenta ainda grandes compositores do ritmo musical aos adolescentes. As cédulas estampam imagens de Cartola, Donga, Arlindo Cruz e Martinho da Vila. Devem ser trocadas por real e usadas na compra de produtos de escotismo e lembranças do encontro. Uma praça de alimentação instalada na área central também aceitará a moeda.

A cultura de estados brasileiros também será lembrada. Para o jantar, os escoteiros devem trocar pratos típicos nas feiras das Cidades e do Folclore, onde deverão apresentar manifestações culturais e especificidades de suas regiões. O problema das queimadas no cerrado será tema do Grupo Escoteiro do Ar Salgado Filho 9º DF, de Brasília.

O chefe desses escoteiros, Marcelo Micheletti, que integra a delegação de 150 pessoas da capital federal, conta que os jovens estão entusiasmados. "Eles não se deram conta de tudo que vai acontecer. Desde que chegamos, estão conversando com pessoas de outras delegações e trocando os lenços", disse em referência à prática tradicional dos escoteiros.

Na área do acampamento, também estão previstas atividades como rapel, paint ball, competições de lutas indígenas e uma corrida de orientação, que é feita com auxílio de uma bússola.

O movimento escoteiro é uma das maiores organizações não governamentais e está em 210 países. Os objetivos são despertar nos jovens o espírito de equipe e incentivar atividades ao ar livre.
 

Edição: Rivadavia Severo