Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Faltando um dia para o fim da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, apenas quatro estados atingiram a meta estipulada pelo Ministério da Saúde de imunizar 95% das crianças com até 5 anos de idade contra a doença. O Rio de Janeiro vacinou até hoje (5) 98% do público-alvo; o Paraná, 97% ; Santa Catarina, 99% e Goiás, 96,91%.
O último caso da poliomielite no país foi registrado no estado da Paraíba em 1989 . No ano de 1994, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, a importância da campanha contra a paralisia infantil é assegurar que o Brasil fique livre de circulação do poliovírus selvagem, já que o país não apresenta casos da doença há 23 anos.
“O Brasil tem uma cobertura vacinal alta, mas ainda precisa trabalhar um pouco na questão da homogeneidade no atendimento à população. Esses esforços tem que continuar, uma vez que nós identificamos a circulação do poliovírus em alguns países. Em decorrência do fluxo muito grande de pessoas entre essas localidades, é importante garantir uma alta cobertura, para que consigamos ter segurança de que não vai haver recirculação no território nacional”, disse Chieppe.
Rio de Janeiro – No estado do Rio de Janeiro, até hoje, foram imunizadas cerca de 1 milhão de crianças, o que representa 98% do público-alvo. Chieppe disse que, até o momento, apenas o município de Santa Maria Madalena, na região serrana do Rio, não alcançou a meta. Segundo ele, a cidade é pequena e a população bastante reduzida. “O que houve foi um problema no repasse das informações, mas nós acreditamos que, como tivemos uma boa aceitação da campanha no estado do Rio de Janeiro, todos os municípios vão também atingir a meta prevista até esta sexta-feira”.
O superintendente disse que foram estabelecidos mais de 4 mil postos de vacinação em todo estado, que receberam 1, 6 milhão de doses da vacina Sabin (contra a poliomielite), incluindo doses para a campanha e as que ficarão nos municípios para tratamentos de rotina.
“Não houve absolutamente nenhum problema operacional durante todo este período, assim como nenhuma dificuldade de abastecimento em todas as localidades e isso contribuiu para que a meta fosse atingida em período ainda oportuno”, afirmou.
Chieppe alertou que não vai haver prorrogação da campanha, já que todos os municípios estão abastecidos com o medicamento para rotina. Qualquer criança que não tenha sido vacinada deverá ser levada pelo responsável aos postos de saúde, porque poderá ser vacinada mesmo após o fim da campanha nacional.
Edição: Fábio Massalli
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