Campanha de vacinação contra poliomielite termina amanhã

05/07/2012 - 14h21

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Termina amanhã (6) a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. Segundo balanço parcial do Ministério da Saúde, até as 11h de hoje, mais de 12,8 milhões de crianças com idade até 5 anos tinham sido imunizadas contra a doença em todo o país. O número representa 90,57% das crianças brasileiras nesta faixa etária.

A meta é vacinar, até o fim do dia de amanhã, 95% das 14,1 milhões de crianças menores de 5 anos no país, o que totaliza 13,5 milhões de crianças. Encerrada a campanha, continua valendo o calendário básico de doses e reforços nos postos de saúde de todo o Brasil. Os pais, portanto, devem ficar atentos à carteira de vacinação dos filhos.

Das cinco regiões brasileiras, o Sul é a mais próxima de cumprir a meta local de imunização. Até o momento, os estados daquela região atingiram 95,39% de 1,8 milhão de doses pretendidas. O Sudeste vem em segundo lugar, com 93,6% de uma meta de 5,3 milhões de doses, e o Centro-Oeste em terceiro, com cumprimento de 89,5% do objetivo de 1,08 milhão. O Nordeste vacinou 87% de um universo de 4,3 milhões de crianças, e o Norte, 84,7% de 1,5 milhão.

O último caso de poliomielite no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o Brasil  recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Embora não haja circulação do vírus no Brasil, neste ano, 16 países registraram casos de paralisia infantil, sendo que em três deles a doença é considerada endêmica: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, o Ministério da Saúde decidiu promover a campanha de vacinação.  

A paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de até 5 anos. É caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre pelo poliovírus, carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local favorecem a transmissão.

Edição: Nádia Franco