Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O comportamento da indústria entre os meses de abril e maio mostra um perfil de quedas disseminadas, com produção menor em 14 das 27 atividades pesquisadas. A avaliação é de André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil, divulgada hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo ele, as medidas adotadas pelo governo para estimular a indústria nacional tiveram reflexos pontuais e beneficiaram determinados setores, mas ainda não foram suficientes para reverter o quadro desfavorável.
Os dados da pesquisa revelam que, na passagem de um mês para o outro, a produção industrial caiu 0,9%, apresentando o terceiro resultado negativo consecutivo neste tipo de comparação. Em relação ao mesmo período de 2011, houve queda de 4,3%, a mais intensa desde setembro e 2009 (-7,6%).
“As medidas mais recentes do governo têm até reflexos positivos em determinados segmentos, como os eletrodomésticos de linha branca [geladeira e máquina de lavar, por exemplo] e mobiliário, mas de uma forma geral permanece o comportamento predominantemente negativo da indústria como um todo, seja porque os setores ainda têm níveis de estoques acima do seu padrão usual, pelos patamares elevados de inadimplência ou pelo comprometimento da renda das famílias”, explicou.
Macedo destacou ainda que o setor de veículos automotores é o que exerce o principal impacto negativo, qualquer que seja o tipo de comparação. Entre os meses de abril e maio, a atividade caiu 4,5% e, em relação a maio de 2011 a queda alcançou 16,8%.
“A redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] para os automóveis foi a mais recente implementada pelo governo e começou a vigorar a partir de maio, por isso ainda não se observa, nesses números, nenhum tipo de reflexo no segmento”, acrescentou.
Edição: Davi Oliveira
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