Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP‐M), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), atingiu 0,66%, em junho, o que significa uma redução de 0,36 ponto percentual sobre a variação de maio (1,02%). No acumulado de 12 meses, no entanto, o índice, que serve de base de cálculo para o reajuste do aluguel, ficou em 5,14% ou 0,88 ponto percentual acima da taxa anterior. No ano, o IGP-M teve alta de 3,19%.
Entre as principais influências para esse resultado está a perda de força dos aumentos de preços no setor varejista. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,49%, em maio, para 0,17%, em junho, consequência das oscilações ocorridas no grupo transportes (de 0,13% para 0,78%). Nesse grupo, o valor dos automóveis teve uma redução média de 4,1%.
Outro subcomponente do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) também apresentou decréscimo e alcançou 0,74% ante 1,17%. Nesse caso, houve reflexos do comportamento dos preços dos alimentos processados (de 1,09% para -0,11%). No índice de matérias-primas brutas, a taxa apresentou variação de 0,76% ante 1,32% com destaque para a soja em grão (de 10,05% para 4,30%), o leite in natura (de 1,24% para -0,64%) e o café em grão (de 0,16% para -2%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), terceiro componente do IGP-M, teve pouca alteração, passando de 1,3% para 1,31%. Essa pequena elevação foi provocada pelo custo da mão de obra (de 2,22% para 2,28%). No conjunto dos materiais, equipamentos e serviços, o índice ficou em 0,3% ante 0,35%. Entre os produtos cujos preços caíram estão o cimento (de 1,21% para -0,12%) e os tijolos e telhas (de 0,47% para -0,08%).
Edição: Juliana Andrade