Não se deve "brincar à beira do precipício”, diz Dilma sobre crise internacional

27/06/2012 - 13h56

Daniel Lima, Yara Aquino e Pedro Peduzzi
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Ao anunciar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos - um programa de compras governamentais para acelerar a economia - a presidenta Dilma Rousseff, disse hoje (27) que o cenário de crise financeira internacional preocupa, mas não amedronta o país. Dilma disse que, no entanto, não se pode “brincar à beira do precipício”.

“Este cenário nos preocupa, mas não nos amedronta. É preciso ter consciência dele para evitar que, neste momento, sejam feitas aventuras fiscais. Nenhum país do mundo hoje se permite uma política fiscal que não leve em conta, sobretudo, investimentos. Aventura fiscal é a gente se comportar como se não estivesse acontecendo nada. Não nos amedrontamos, mas não podemos fingir que nada está acontecendo”, disse a presidenta, no discurso.

A presidenta disse que o governo continuará estimulando o investimento e o consumo no país e tomará as medidas necessárias para proteger os empregos e preservar as conquistas econômicas e os avanços sociais. “Somos otimistas, apesar de sóbrios, porque temos os instrumentos para preservar a saúde da economia e nossas conquistas sociais. Praticamos um modelo que se desenvolveu em bases sólidas, estamos fincados em pés brasileiros, fizemos um processo de crescimento que expandiu o mercado interno”, explicou a presidenta.

Na avaliação da presidenta, a crise dos países da zona do euro tem duração longa e crônica, requerendo mais medidas para ser solucionada. “A cada reunião dos países europeus, esperamos que uma solução mais sistêmica surja e assegure mais confiança”, disse.

Na cerimônia de anúncio do programa para agilizar as compras governamentais com recursos de R$ 8,4 bilhões e preferência para aquisição de produtos nacionais, a presidenta Dilma disse que essa iniciativa é consagrada como um dos mecanismos aceitos para garantir a sustentação do crescimento econômico. As compras anunciadas pelo governo em áreas como saúde, defesa e educação têm o objetivo de estimular a economia brasileira, que sofre os reflexos da crise financeira internacional.

Edição: Davi Oliveira