Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em depoimento hoje (26) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, o arquiteto Alexandre Milhomen confirmou que foi contratado por Andressa Mendonça, mulher do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
O arquiteto informou que foi contratado para decorar o interior da casa que havia pertencido ao governador Marconi Perillo e onde o empresário foi preso, em fevereiro, pela Polícia Federal. No entanto, Milhomen disse que não conhece o governador nem sabia que a casa havia pertencido a ele.
"Quero informar que eu não conheço o governador Perillo e não sabia que a casa pertencia a ele. Fui contratado por Andressa Mendonça para fazer uma casa provisória, para ela permanecer por um período. Fiz apenas uma decoração interna", disse Alexandre Milhomen.
O arquiteto também disse que trabalhava para Cachoeira e Andressa desde fevereiro de 2010. Pelo serviço de decoração, Milhomen informou que recebeu cinco pagamentos de R$ 10 mil. Ele também disse que não conheceu o empresário Walter Paulo Santiago, que afirmou ser o comprador da casa.
Milhomen ainda questionou o motivo de ser chamado à comissão. "Sou um pai de família. Eu sou um trabalhador, sou um sobrevivente do Brasil e vivo do meu trabalho", destacou.
Antes, outros depoentes optaram por ficar em silêncio e foram dispensados pela comissão. Lúcio Fiúza Gouthier, ex-assessor do governador, e Écio Antônio Ribeiro, um dos donos da empresa Mestra Administração e Participações, exerceram o direito de não responder as perguntas, protegidos por habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Edição: Davi Oliveira