Guilherme Jeronymo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, participou hoje (22), no pavilhão do Catar, no Parque dos Atletas, do lançamento da Global Dry Land Alliance, um programa de intercâmbio de tecnologias para preservação e produção de alimentos em regiões desérticas.
Ban Ki-moon apoiou a iniciativa, avaliando que esse é um importante caminho para superar a fome no mundo. Segundo ele, entre as metas que se pode almejar após a conferência, a mais essencial é que 100% das pessoas tenham acesso à comida e que se consiga acabar com o desperdício de alimentos.
A diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas, Ertharin Cousin, chamou a atenção para os números da fome nas áreas secas, onde há cerca de 2 bilhões de pessoas, demandando combate urgente a essa situação.
“O Brasil tem um papel importante nesta discussão. Embora vocês tenham boas condições de agricultura há, aqui, técnicas de ponta e experiência em espaços como a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuárias, que podem ser repassados a outros países do mundo, em especial à África lusófona, pela aproximação promovida pela língua”, declarou o representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Parviz Koohafkan.
O ex-primeiro ministro da Espanha, José Luis Zapatero, chamou a atenção para o papel das tecnologias de ponta na geração de riqueza, mesmo em um mundo em crise. Segundo ele, graças a investimentos na área, a Espanha tornou-se líder, na Europa, em produção de energia limpa e em processos de reutilização de água, como a dessalinização. Zapatero disse que os espanhóis conseguiram, com isso, tornar suas áreas desérticas e semidesérticas em detentoras da agricultura mais competitiva do país.
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Edição: Lana Cristina