Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) entregou hoje (13) ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), uma petição com 65 mil assinaturas pedindo que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Aberto seja colocada em votação.
As assinaturas foram coletadas pela internet por entidades ligadas ao MCCE, que também estiveram envolvidas no projeto de lei de iniciativa popular que resultou na Lei da Ficha Limpa. A coleta das assinaturas foi durante 24 horas.
O diretor do MCCE, Marlon Reis, disse, após participar da entrega do documento, que mais assinaturas podem ser coletadas se for preciso. “Nós só fizemos um teste para mostrar a popularidade desse tema na sociedade brasileira. Foi feita uma coleta relâmpago, e se houver necessidade haverá uma grande coleta de assinaturas, assim como foi feito no projeto da Lei da Ficha Limpa”, declarou.
Segundo ele, a sociedade está preocupada que o voto secreto seja usado por parlamentares para ocultar casos de corrupção. Na opinião de Reis, “o Congresso Nacional deve agir como uma caixa de ressonância da sociedade” e atender ao pedido pela votação da PEC.
A petição exemplifica o caso de absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) que aparece em uma gravação em vídeo, da Operação Caixa de Pandora, recebendo dinheiro. Na opinião dos ativistas que coletaram as assinaturas, o voto secreto contribuiu para que Jaqueline fosse absolvida por seus pares no processo de cassação.
A expectativa de que a PEC do Voto Aberto fosse votada até a semana que vem, no entanto, foi frustrada pela decisão, ontem (12), dos líderes partidários do Senado de que não haverá votações no plenário da Casa no período de 18 a 22 de junho, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, quando boa parte dos senadores estará participando do evento.
Edição: Aécio Amado