Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Coordenação Estadual da União de Luta por Moradia fez um protesto, hoje (12), na frente da sede da Companhia de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (CDHU), no centro de São Paulo, para reivindicar a liberação verbas do governo estadual para projetos habitacionais da entidade. A manifestação teve início às 9h, com concentração da Praça da Sé (centro), de onde seguiu para a sede do órgão.
De acordo com a organização, cerca de 300 pessoas participaram do ato. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), no entanto, estimou a apresença em cerca de 100 pessoas. O movimento reúne 48 entidades que defendem a luta por moradia.
Uma comissão de sete pessoas foi recebida por assessores do órgão, de acordo com a assessoria de imprensa da CDHU. Segundo Mariza Dutra, da coordenação estadual do movimento dos sem-teto, as famílias pedem mais R$ 20 mil do governo estadual para complementar a verba de R$ 65 mil já liberada pelo governo federal, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida.
A coordenadora explicou que os projetos a serem desenvolvidos pelas entidades irão contemplar cerca de 15 mil famílias. “São projetos em todas as regiões da cidade. Na zona leste, temos os projetos José Maria Amaral e Florestan Fernandes, que vão atender a 396 famílias”, exemplificou. “Como nós conseguimos mais R$ 5 mil com a prefeitura, soubemos, em reunião na Caixa Econômica Federal, que o governo não iria mais fazer esse aporte. Se não tivermos esse dinheiro, os projetos não se viabilizam”, explicou ela.
As casas, de acordo com a ativista, são construídas em regime de mutirão, com gerência das próprias entidades. “Isso diminui o valor da obra, mas, ainda assim, o custo da construção em São Paulo é alto. Precisamos da complementação do valor”, justificou Mariza Dutra. A assessoria de imprensa da CDHU informou que aguarda o fim da reunião para se pronunciar sobre a questão.
Edição: Vinicius Doria