Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O número de pessoas que procuraram crédito em maio cresceu 14% em relação ao mês anterior, de acordo com levantamento divulgado hoje (12) pela empresa de consultoria Serasa Experian. Em abril, havia sido registrado recuo de 11,2%. Na comparação com maio do ano passado, houve queda de 7,5%. No acumulado do ano, a demanda apresentou redução de 7,6% ante o mesmo período de 2011.
Entre as faixas de renda, a procura por crédito cresceu 16,3% (na passagem de abril para maio) entre aqueles com salário até R$ 500 por mês. Na faixa de R$ 500 a R$ 1.000 mensais, foi registrada alta de 15% e, na de entre R$ 1.000 e R$ 2 mil, de 13,2%. Já entre os consumidores com renda mais elevada (de R$ 5 mil a R$ 10 mil por mês), a procura cresceu 11,7%.
No acumulado de janeiro a maio, houve crescimento na busca por crédito apenas entre os consumidores de baixa renda, que ganham até R$ 500 por mês (aumento de 1,9% ante o mesmo período de 2011). As outras faixas de renda tiveram quedas que variaram de 7,3% (renda mensal superior a R$ 10 mil) a 8,9% (entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês).
As regiões Sul e Sudeste foram as que apresentaram maior crescimento na demanda dos consumidores por crédito em maio, na comparação com abril. No Sul, a alta chegou a 16,3%, e no Sudeste, a 15%. Já no acumulado do ano, essas regiões mostraram os maiores recuos: 8,7% no Sudeste e 9,2% no Sul.
As regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste registraram as menores quedas no acumulado do ano, 1,3%, 5,2% e 5,3%, respectivamente.
Segundo os economistas da Serasa, o Dia das Mães, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no setor automotivo e os anúncios de reduções das taxas de juros dos empréstimos pela rede bancária motivaram o consumidor a procurar crédito do mês passado.
“Entretanto, apesar dessa reação, os níveis mais elevados de inadimplência e de endividamento do consumidor ainda mantêm a demanda dos consumidores por crédito em patamares inferiores aos registrados ao longo do primeiro semestre de 2011”, destaca, em nota, a Serasa.
Edição: Juliana Andrade