Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O otimismo das famílias brasileiras em relação à economia do país manteve-se estável em maio, segundo levantamento divulgado hoje (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Índice de Expectativas das Famílias (IEF), medido mensalmente pela instituição, registrou, tanto em maio quanto em abril, 67 pontos. Em maio do ano passado, o índice havia atingido 62,9 pontos.
O índice varia de 0 a 100 pontos, sendo que, quanto mais alta a pontuação, maior o otimismo. Na escala do Ipea, índices acima de 60 pontos indicam otimismo; abaixo de 40, pessimismo. A pesquisa é realizada em 3.810 domicílios, distribuídos por mais de 200 municípios em todas as unidades da Federação.
De acordo com o estudo, a Região Centro-Oeste é a mais otimista, com o índice passando de 78,2 para 79,5. Houve baixa no otimismo das famílias nas regiões Sudeste (de 70,8 para 70,1 pontos), Norte (de 60,3 para 59,5 pontos) e Sul (de 67,2 para 65,5). A região Nordeste, no entanto, teve alta de 1,5 ponto no mês de maio, passando de 64 para 65,5.
O levantamento aponta ainda que as famílias brasileiras estão menos otimistas com a situação econômica do país em curto prazo, pois 66,8% das famílias acreditavam, em maio, que o Brasil passará por melhores momentos nos próximo 12 meses. Isso representa queda de 1,5 ponto em relação a abril (68,3%). A confiança das famílias brasileiras quanto à situação econômica do país em longo prazo também caiu, com o índice passando de 63,5% em abril para 62% em maio.
A expectativa das famílias brasileiras quanto à situação econômica do país nos próximos 12 meses é otimista em quase todas as diferentes faixas de renda e escolaridade consideradas no estudo. A exceção é encontrada entre os que ganham até um salário mínimo e os que têm ensino fundamental incompleto.
Segundo o Ipea, em maio, 77,8% das famílias brasileiras pesquisadas indicaram estar melhor financeiramente hoje do que há um ano, valor 2 pontos percentuais superior ao do mês anterior (75,8%). Além disso, 60,6% das famílias acreditam que este é um bom momento para adquirir bens duráveis.
A dívida média das famílias brasileiras entre junho de 2011 e maio de 2012 teve o mês de abril de 2012 (R$ 5.591,27) com o maior patamar de endividamento médio da série. De todas as famílias consultadas no IEF, 53,5% afirmaram não ter dívidas.
Em maio, aproximadamente 69% das famílias brasileiras afirmaram não ter contas atrasadas. Dos que se disseram endividados, 15,74% acreditavam ter condições plenas de quitar os débitos no mês, 45,93% esperavam quitá-los parcialmente e 36,48% afirmavam não ter condições de quitá-los plenamente no mês em questão.
Edição: Nádia Franco