Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Pela primeira vez desde que a Síria está sob conflitos há 15 meses, a Organização das Nações Unidas (ONU) colocou as forças governamentais sírias e a milícia denominada shabiha em uma lista de 52 governos e grupos armados que recrutam, matam e atacam sexualmente crianças em conflitos armados.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a conclusão do relatório mostra um “número inaceitavelmente elevado e crescente” de abusadores de crianças a longo prazo. Ele se disse preocupado com o agravamento da crise na região que provocou mais de 14 mil mortes, segundo organizações não governamentais.
O documento mostra ainda que as Nações Unidas receberam relatórios que indicam “graves violações” contra crianças na Síria. Também há informações de que crianças com nove anos tenham sido vítimas de assassinatos, tortura e violência sexual.
Em comunicado, o Conselho Nacional Sírio, principal órgão da oposição ao governo do presidente Bashar Al Assad, assegurou que, “enquanto que a comunidade internacional faz prova de fraqueza e hesitação, o regime sírio, aproveitando a proteção do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, dedica-se a uma escalada na sua política de terror contra o povo sírio”.
De acordo com o conselho, há aviões, artilharia, blindados e militares mobilizados na região de Homs, no Centro do país. A cidade é considerada um dos locais mais violentos da Síria. Segundo o órgão, a população de Homs está sendo privada de eletricidade, alimentos e medicamentos.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante