Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse em audiência pública no Senado, hoje (12), que a fiscalização da autoridade monetária em instituições financeiras é intensa e que a situação do Banco Cruzeiro do Sul é um caso isolado. No dia 4, o BC determinou intervenção no Cruzeiro do Sul em decorrência do “descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro e da verificação de insubsistência em itens do ativo”.
“A nossa fiscalização está atuando de forma intensa. O Banco Central não faz papel de avestruz. Identificado o problema, atua”, assegurou Tombini. Ele reconheceu que pode ocorrer o descumprimento de normas em instituições em operação no país, mas quando há indícios de crimes, são apresentadas denúncias ao Ministério Público.
Tombini informou que há, atualmente, no Brasil, 128 bancos pequenos e médios, que representam 17% dos ativos totais do sistema financeiro, 13,4% do crédito total e 15% dos depósitos. Tombini voltou a afirmar que esses bancos são sólidos. Segundo ele, os bancos pequenos e médios têm índice de capital próprio (Índice de Basileia) de 17%, acima das demais instituições (16%). No Brasil, os bancos devem ter, pelo menos, 11% de capital próprio para minimizar riscos.
Na audiência, Tombini teve que responder a perguntas sobre a situação do banco espanhol Santander. Tombini disse que bancos estrangeiros só operam no Brasil por meio de subsidiárias integrais, com adequação às regras locais. De acordo com Tombini, isso traz segurança para o país, mesmo que a instituição enfrente problemas no exterior. Afetado pela crise da dívida da Espanha, o Santander teve ontem (11) sua nota rebaixada pela agência de classificação de risco Fitch.
Edição: Vinicius Doria