Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A produção das cinco principais culturas de grãos deve aumentar 21,1% até 2022, o que representa uma expansão dos atuais 153,3 milhões de toneladas colhidas de soja, milho, trigo, arroz e feijão para 185,6 milhões de toneladas. A estimativa faz parte do estudo Brasil – Projeções do Agronegócio 2011/2012 a 2021/2022, publicado pelo Ministério da Agricultura (Mapa).
O mesmo documento indica que o crescimento de produção se dará com o aumento de 9% da área plantada. “O Brasil é um dos poucos países do mundo que pode ampliar a produção de alimentos com ganhos reais de produtividade, e mantendo a salvo suas reservas naturais”, avaliou o Mapa, que realizou o estudo em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O ministério considera fator importante para o implemento de 32,3 milhões de toneladas desses grãos em apenas dez safras o uso da pesquisa e tecnologia no campo.
Segundo o Mapa, a área plantada com soja deve crescer 4,8 milhões de hectares nos próximos dez anos, com a incorporação de áreas novas e também com a ocupação da área utilizada atualmente por outras lavouras. O milho deve ter expansão de 600 mil hectares. Outras culturas, como arroz, trigo e feijão, devem manter suas áreas ou sofrer redução.
O estudo, que também usa informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), conclui que, na safra 2021/2022, o Brasil deve manter a liderança atual nas exportações de café e açúcar. Além disso, aumentará a participação no comércio mundial de milho, soja em grão, carne bovina e carne de frango, quatro produtos que estão entre os principais alimentos consumidos no mundo.
De acordo com o Usda, o Brasil terá participação de 43,1% das exportações internacionais de soja em grãos e de 43,5% das de carne de frango, detendo a liderança mundial com diferença considerável em relação ao segundo colocado, os Estados Unidos, que ficarão, respectivamente, com 31,6% e 33,4% de participação. O Brasil será responsável, ainda, por 23,2% do comércio mundial de carne bovina e de 10,4% do de milho.
Edição: Davi Oliveira