Luana Lourenço*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O sistema aéreo brasileiro terá regras especiais durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que começa na próxima quarta-feira (13) na capital fluminense. Os aeroportos do país, principalmente os dos Rio de Janeiro, vão operar em esquema especial e receber reforços para garantir a rapidez no atendimento e a segurança de chefes de Estado e delegações estrangeiras que virão ao Brasil para a conferência.
O planejamento do setor aéreo para a Rio+20 inclui mudanças na rotina e reforço de pessoal na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), na Polícia Federal, responsável pelo controle na imigração, na Receita Federal, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e no Sistema Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).
As regras para operação dos aeroportos e do espaço aéreo brasileiro estão em um manual feito pela Secretaria de Aviação Civil (SAC). O documento, que também servirá para orientar ações do setor aéreo em outros megaeventos – como a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, e a Copa de 2014 – é sigiloso. Segundo informações divulgadas pela SAC, o texto prevê, por exemplo, o reforço do contingente nos terminais.
Para a Rio+20, pelo menos 470 pessoas serão deslocadas para agilizar o atendimento. A maioria vai atuar nos aeroportos do Galeão e Santos Dumont, e nas bases aéreas do Galeão e de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Também haverá reforços no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e em outros terminais internacionais do país.
Além dos órgãos do setor aéreo, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, vai participar da operação especial dos aeroportos para a Rio+20. Durante a conferência, 225 servidores do Itamaraty vão trabalhar em esquema de plantão nos aeroportos do Galeão, Santos Dumont e Guarulhos e nas bases aéreas do Galeão e de Santa Cruz.
Ontem (6), o governo fez uma simulação da chegada de participantes da conferência ao aeroporto do Galeão para testar a logística de desembarque, checagem de passaportes e passagem pela imigração. As equipes também simularam o esquema especial para desembarque de um chefe de Estado, da aeronave até a saída do aeroporto em comboio.
Além das ações civis, a Força Aérea Brasileira (FAB) terá um esquema especial para a Rio+20. Pelo menos 5 mil militares da FAB vão reforçar a segurança nas bases aéreas do Galeão, Afonsos e Santa Cruz, no Rio, na Base Aérea de Guarulhos e no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
Mais de 50 equipes especializadas farão a escolta das autoridades que estarão no Rio de Janeiro para a conferência, com 426 batedores.
*Colaborou Danilo Macedo // Edição: Juliana Andrade
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