Mantega acredita em crescimento maior do PIB no segundo trimestre

06/06/2012 - 12h43

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deverá ser bem maior do que o registrado nos três primeiros meses do ano, quando ficou em 0,2%.

Ele destacou que o governo tem “reforçado os investimentos” públicos, além de dar condições para o setor privado crescer mais. Mantega informou que o crescimento dos investimentos do governo foram cerca de 30% maior até abril do que igual período do ano passado, incluindo o setor habitacional.

“Alguns analistas querem tirar, não sei porque, o Minha Casa, Minha Vida, mas isso é investimento. É o governo contratando a construção de habitações. As estatais também estão fazendo investimento maior do que no ano passado. A Petrobras estará com investimentos maiores. Nós vamos anunciar na semana que vem o Plano de Negócios da empresa”, disse.

Para o ministro, o setor privado ainda está assustado com a crise internacional que continua “forte lá fora e não se resolve”. Mas destacou que o governo brasileiro tem mostrado que economia pode crescer, mesmo em tempos de crise internacional. Para ele, o setor privado começa a “se animar” com as medidas anunciadas pelo governo para atacar os problemas.

Mantega garante que o governo tem dado condições para o setor privado aumentar os investimentos, com a redução dos custos tributários e financeiros. Ele destacou que foram adotadas várias medidas e as linhas de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão no momento com taxas muito baixas.

“Agora estamos lançando o capital de giro com taxas baixas, e isso é bom para as empresas. As condições estão dadas para que também o investimento privado possa se recuperar e ter um bom desempenho este ano”, destacou.

Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), diminuiu e ficou em 0,36% em maio. Com o resultado, no período dos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 4,99%. Para o ministro, a queda da inflação garante uma política monetária mais flexível.

 

 

Edição: Lílian Beraldo