Patriota diz que ausência de Obama e Merkel não significa que EUA e Alemanha não estarão presentes na Rio+20

02/06/2012 - 18h07

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro – As ausências do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e da chanceler Alemã, Angela Merkel, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, não significarão que os dois países não estarão presentes no encontro. A avaliação é do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

“Eles estarão participando, ativamente, pelo menos é o que nós esperamos. Nós não distinguiremos durante a Rio+20, entre delegações chefiadas por chefes de Estado e de Governo e delegação de outro nível, quando se trata de buscar em consideração as perspectivas no produto final”, ressaltou ao participar de um evento hoje (2) na capital fluminense.

Segundo Patriota, esse é um processo multilateral que envolve os 194 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), inclusive o Brasil. De acordo com o ministro, diferentes vozes devem ser ouvidas e o país anfitrião procurará liderar um processo que leve a um consenso com objetivos mais ambiciosos possíveis.

Perguntado se a vinda do presidente do Irã, Mahmoud Armadinejad, para usar a Rio+20 como um palco para defender o direito de o seu país usar energia nuclear para fins não pacíficos, o chanceler brasileiro disse que no próximo dia 5 – Dia Mundial do Meio Ambiente – haverá uma cerimônia em Brasília, que transfere o Riocentro para as Nações Unidas.

“Isso significa que a Rio+20 será uma conferência das Nações Unidas no Brasil. Assim como o presidente do Irã e outros chefes de Estado e de Governo participam anualmente da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente Armadinejad estará participando no Rio de Janeiro, de uma conferência sobre desenvolvimento sustentável. Ele terá direito à palavra como qualquer outro chefe de delegação”, declarou Patriota.

Sobre a questão dos conflitos na Síria, o ministro disse que o Brasil é contrário às sanções aplicadas ao país sem que haja a aprovação do Conselho de Segurança da ONU. “O Brasil, por definição, sempre incorpora o seu ordenamento jurídico às sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança [ONU]”, disse.

 

Edição: Aécio Amado