Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acredita que as medidas de estímulo à economia vão surtir efeito a partir do segundo semestre. Apesar do fraco desempenho do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre do ano, com crescimento de apenas 0,2%, Mantega disse, em São paulo, que a economia brasileira vai fechar o segundo semestre de 2012 com taxa de crescimento entre 4% e 4,5%. "No segundo semestre poderemos atingir esse nível de crescimento que não conseguimos atingir no primeiro semestre”, disse o ministro
Mantega disse que virão mais estímulos para o investimento, que também deve ser recuperar a partir da segunda metade do ano. “Reduzimos muito as taxas de financiamento para o investimento. O investimento do setor público, principalmente do governo central, está aumentando. No primeiro quadrimestre cresceu 28,9% em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado”.
O ministro ressaltou que, na visão dele, o governo não adotou medidas protecionistas, e sim, de defesa da indústria nacional, principalmente da automobilística. Para ele, os países exportadores é que estão adotando medidas protecionistas disfarçadas de estímulo para os próprios produtos, como a manipulação cambial. “Nós estávamos com o câmbio valorizado, o que prejudicava nossa produção e nossas exportações. Agora, já estamos com câmbio melhor. Os outros não consideram isso protecionismo. O que fizemos com relação ao setor automobilístico foi nos defender de subsídios disfarçados nos produtos exportados para o Brasil”.
Mantega destacou que a preocupação principal do governo não é com a taxa básica de juros (Selic), mas com os juros do mercado, dos bancos públicos e privados. Segundo ele, o principal fomento à economia é a redução dessas taxas com aumento do volume de crédito. “Os bancos se comprometeram a ter uma atitude menos restritiva."
Texto alterado às 19h para adição de informações
Edição: Vinicius Doria