Reino Unido, França, Espanha, Alemanha e Austrália expulsam diplomatas sírios de seus países

29/05/2012 - 10h36

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O massacre de 108 pessoas em Houla, no centro da Síria, gerou uma reação política internacional. Os governos do Reino Unido, da França, da Espanha, da Alemanha e da Austrália anunciaram hoje (29) que decidiram expulsar os embaixadores, os encarregados de negócios (cargo desempenhado por diplomata na ausência de embaixador) e os diplomatas sírios de seus países.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido disse que o representante do governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, foi informado que deve deixar o país. A decisão foi anunciada pelo assessor do ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague.

Em Madri, o Ministério dos Negócios Estrangeiro também anunciou a decisão de expulsar o embaixador sírio, Hussam Edin Aala, em resposta à repressão de civis por parte de Assad. O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel García-Margallo, manifestou sua repulsa ao massacre.

Na Alemanha, o Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou a expulsão do embaixador da Síria, Radwan Lutfi, também em protesto contra o massacre na cidade de Houla. O diplomata sírio terá 72 horas para sair do país. Em fevereiro, o governo alemão já tinha expulsado quatro diplomatas sírios. A Embaixada da Alemanha em Damasco está fechada.

Em Paris, o governo francês também anunciou a expulsão da embaixadora da Síria na França, Lamia Chakkour, em reação às ações do governo Assad. A embaixadora será notificada da decisão até amanhã (30). A decisão foi anunciada pelo próprio residente da República, François Hollande. Segundo ele, o grupo dos países Amigos da Síria se reunirá em Paris em julho.

Mais cedo, o governo da Austrália anunciou a expulsão de dois diplomatas sírios do país. Ambos receberam a notificação que terão 72 horas para deixar o território australiano. A expectativa é que mais países tenham a mesma atitude.

 


*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa /   Edição: Lílian Beraldo