Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, confirmou presença na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O evento, que será realizado no Rio de Janeiro em junho, vai reunir chefes de Estado e de Governo durante três dias (20 a 22 de junho) com o objetivo de contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. A informação da vinda de Ahmadinejad foi confirmada hoje (17), em Brasília, pelo Itamaraty.
Com presidente do Irã, 117 chefes de Estado e de Governo informaram que vão participar dos debates. De acordo com a ONU, dos seus 193 países-membros, 183 já confirmaram presença, mas alguns países vão enviar ministros e assessores como representantes para o evento, como é o caso dos Estados Unidos. O presidente americano, Barack Obama, está em campanha pela reeleição e não vai participar da Conferência.
O comitê organizador da Rio+20 contabiliza que mais de 50 mil pessoas vão participar das discussões da conferência, entre políticos, membros de organizações não governamentais (ONGs), representantes da sociedade civil e empresários.
Além dos debates no Rio de Janeiro, a sociedade civil, em todo o mundo já pode participar das discussões sobre desenvolvimento sustentável apresentando recomendações sobre dez diferentes temas em um site criado pelo governo brasileiro. De acordo com o embaixador André Corrêa do Lago, negociador-chefe da Delegação Brasileira para a Rio +20, a plataforma digital foi construída para que 400 mil pessoas interagissem ao mesmo tempo.
Depois desse processo de contribuições, as sugestões serão organizadas e escolhidas por voto também na internet a partir do dia 5 de junho. Os pontos selecionados serão debatidos, no Rio de Janeiro, durante os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável, por representantes da sociedade civil de diversos países, entre os dias 16 a 19 de junho. Estes grupos vão definir três recomendações para cada tema, como água, oceanos, florestas e desenvolvimento sustentável para o combate à pobreza e como resposta às crises econômicas e financeiras.
“A discussão não é sobre o texto final da Rio+20, mas sobre os grandes temas do futuro que as decisões da conferência vão influenciar, e serão levadas como recomendações para os chefes de Estado. Diferente da Rio92, a Rio+20 não será uma conferência de conclusão de grandes documentos, mas de abertura de processos. E essas discussões da sociedade vão alimentar essa abertura de processos”, disse o embaixador.
Edição: Fábio Massalli