Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em seu primeiro discurso como presidente eleito, François Hollande prometeu que será o governante de todos os franceses. A afirmação foi repetida nos últimos dias e virou referência. Hollande acrescentou que se esforçará para manter a unidade da França, abalada pelas políticas anti-imigração, principalmente contra os muçulmanos. “Há apenas uma França, uma nação reunida no mesmo destino. Cada um e cada uma terão igualdade de direitos e de deveres”, disse.
O novo presidente lembrou que a responsabilidade do cargo é imensa e que tem consciência disso. Também prometeu tomar providências para combater os efeitos da crise econômica internacional, buscando o desenvolvimento do país e a ampliação do funcionalismo público. “Os franceses escolheram a mudança, o que me levou à Presidência da República. Tenho noção da honra e da tarefa. Comprometo-me a servir ao meu país como requer essa função”, disse.
Durante a campanha, Hollande se concentrou em rebater os argumentos do governo do atual presidente, Nicolas Sarkozy. É dono de temperamento afável, consensual e que não aprecia confrontos, segundo analistas. Apesar de teimoso, aceitou mudar a aparência, optando por perder peso e adotando um estilo mais jovial, incluindo uma armação de óculos mais leve.
Há 30 anos, Hollande se dedica à vida política. Nos últimos 24 meses, fez campanha para a Presidência. Ele estudou na Escola Nacional de Administração, depois se casou com a jornalista socialista Ségolène Royal, que foi derrotada por Sarkozy em 2007. Em 1988, Holland foi eleito deputado federal para a Assembleia Nacional.
Os adversários acusam Hollande de ter pouco poder de decisão e lembram que ele nunca ocupou diretamente cargos no executivo. O ex-primeiro ministro socialista Lionel Jospin (1997-2002) disse que isso não é um problema. Segundo ele, Hollande desempenhou diversos cargos eletivos – como deputado ou presidente da Câmara.
Edição: Graça Adjuto