Da Telam
Brasília – Os interventores do governo argentino na companhia petrolífera YPF informaram hoje (28), por meio de comunicado, que não haverá desabastecimento de gás natural liquefeito (GNL) no país.
"Apesar da decisão unilateral da Repsol de não cumprir com o fornecimento de gás natural liquefeito, o abastecimento está garantido pelo aumento da produção e por novos volumes provenientes da Bolívia."
O governo da presidenta Cristina Kirchner decidiu nacionalizar a petrolífera YPF, administrada grupo Refineria de Petróleos de Escombreras Oil (Repsol), da Espanha. As autoridades argentinas criticam a empresa YPF por ter reduzido seus investimentos no país, o que obrigaria a Argentina a aumentar suas importações de hidrocarbonetos. A Repsol rechaça as críticas, destacando que o objetivo é investir US$ 3,4 bilhões no país até dezembro.
De acordo com o comunicado, os interventores dizem que “prevendo que a Repsol suspenderia os envios acertados para gerar incerteza e tentar prejudicar a Argentina” foram feitas negociações com outras companhias internacionais interessadas em fornecer o GNL.
Os interventores acrescentaram que, desde o início da expropriação, houve um aumento em 2 milhões de metros cúbicos (m³) na produção de gás da YPF e de 3 milhões de m³ provenientes da Bolívia, totalizando 5 milhões de m³ adicionais de gás.
Em 2011, quando a YPF era controlada pela Repsol, a Argentina teve de importar o equivalente a US$ 9,3 milhões em combustíveis por causa “ de uma queda vertiginosa” na produção de petróleo e de gás da empresa, “tendo que comprar no exterior o que pode e deve produzir a YPF ".
Segundo texto, a intervenção é uma “decisão estratégica da presidenta para recuperar o controle da YPF argentina e colocá-la em sintonia com as necessidades do país. "