Thais Leitão e Carolina Gonçalves
Repórteres da Agência Brasil
Rio de Janeiro e Brasília - O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse hoje (21) que as obras do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, no Rio de Janeiro, não serão prejudicadas pela saída da Delta Construções do consórcio responsável pela reforma. O Maracanã vai ser o palco da partida final da Copa do Mundo de 2014. Segundo informou a assessoria de imprensa do ministério, Aldo Rebelo, que está no interior de São paulo, reafirmou a confiança de que as obras do estádio carioca serão entregues no prazo previsto, fevereiro de 2013.
A informação sobre a saída da Delta do consórcio que está tocando a reforma do Maracanã consta de reportagem do jornal O Globo, publicada na edição deste sábado (21). A Delta detém 30% do capital do consórcio e tem como sócias as empreiteiras Odebrecht Infraestrutura (49%) e Andrade Gutierrez (21%). De acordo com o diário carioca, a Delta enfrenta dificuldades para conseguir crédito por causa do envolvimento da construtora com o empresário goiano Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar um esquema de exploração de jogos ilegais. A participação da Delta no consórcio, segundo o jornal, será comprada pelos dois sócios.
A assessoria de imprensa da Delta não confirmou a informação. Se limitou a informar, por meio de nota, que, “conforme código de conduta entre as empresas do Consórcio Maracanã Rio 2014, apenas o próprio consórcio se posiciona sobre todos os assuntos pertinentes a ele”. O consórcio informou, por sua vez, por meio da assessoria de imprensa, que também não se manifestaria sobre o caso porque o governo do estado do Rio ainda não foi comunicado oficialmente da saída da Delta.
Na semana passada, o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que, até o fim de abril, a reforma do estádio completará metade do trabalho previsto. Quando a reforma, orçada em R$ 850 milhões, for concluída, o torcedor vai encontrar um estádio bastante diferente. Além da modernização da infraestrutura e dos equipamentos, o campo de futebol será reduzido, as arquibancadas seguirão até a beira do gramado e a cobertura protegerá todos os espectadores da chuva. Tudo para atender às exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa).
Edição: Vinicius Doria