Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – No Dia da Memória do Holacausto, israelenses fizeram hoje (19) dois minutos de silêncio no país. Sirenes foram acionadas em todas as cidades em lembrança aos cerca de 6 milhões de judeus mortos durante o Holocausto (1939-1945) nos vários campos de concentração espalhados pelo mundo. Em Israel, o dia é dedicado ao tema com emissoras de rádio e televisão transmitindo programas especiais e várias solenidades públicas e privadas.
No dialeto ídiche, falado por judeus que tentavam escapar da perseguição nazista, a palavra holocausto é shoá, que significa calamidade. Pela primeira vez, em todas as celebrações, uma delegação de ciganos europeus participa dos eventos. Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), o regime nazista perseguiu e exterminou judeus, ciganos, comunistas, homossexuais, entre outros grupos sociais.
Na cerimônia hoje, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou que as ameaças existentes contra o país e o mundo se concentram no programa nuclear iraniano. “A verdade é que um Irã com armas nucleares constitui uma ameaça existencial para o Estado de Israel”, disse.
Elie Wiesel, que sobreviveu ao Holocausto, criticou a comparação feita pelo primeiro-ministro israelense. “O Irã é um perigo, mas afirmar que está criando um segundo Auschwitz [um dos campos de concentração mais conhecidos do período nazista]? Eu não comparo nada ao Holocausto”, disse ele, classificando a comparação de "inaceitável”.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Lílian Beraldo