Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um amplo esquema de segurança está sendo montado pelas Forças Armadas e demais organizações da área da segurança, nos níveis federal, estadual e municipal, para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorrerá no Rio em junho próximo.
O chefe da Comunicação Social do Comando Militar do Leste (CML), coronel Saulo dos Santos, disse que a meta “é garantir a segurança das delegações participantes, dos chefes de Estado e de Governo, em seus locais de hospedagem, durante os deslocamentos e nas áreas onde ocorrerão os eventos”. O esquema reforçado de segurança vai vigorar no período de 6 a 29 de junho. A Rio+20 está programada para os dias 20, 21 e 22 desse mês.
Segundo o coronel Saulo dos Santos, as diretrizes já traçadas vão orientar o planejamento das Forças Armadas e das organizações de segurança envolvidas, ao mesmo tempo em que definem responsabilidades e estabelecem orientações em relação à coordenação do evento com as Nações Unidas (ONU) e com o Comitê Nacional de Organização da Rio+20, do Itamaraty.
A segurança se estenderá também às atividades que serão promovidas por movimentos sociais e organizações não governamentais (ONGs) no Aterro do Flamengo, durante a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20, no período de 15 a 23 de junho. “Todas as áreas, como o Parque dos Atletas, que é a ex-Cidade do Rock, o HSBC Arena, o Pier Mauá, o Aterro do Flamengo, são alvo da segurança também”.
A operação será exercida por terra, por mar e pelo ar. Além das Forças Armadas e das polícias Federal e Rodoviária Federal, participam do projeto todos os órgãos de segurança pública do estado e do município do Rio (Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal). “Todos os órgãos que têm atribuição de segurança estarão envolvidos, além de outros, como a Companhia de Engenharia de Tráfego CET-Rio)”. A coordenação da operação global de segurança será exercida, entretanto, pelo Exército, por meio do Comando Militar do Leste.
Para que essa coordenação seja eficaz, será montado no CML um Centro de Coordenação de Operações de Segurança, esclareceu Saulo dos Santos. Ele estimou que mais de 40 órgãos estarão representados no centro, que começará a funcionar no dia 5 de junho e permanecerá em atividade até o fim das operações, que serão mantidas até depois da Rio+20. “Porque há o período de desmobilização”, explicou.
Saulo dos Santos disse que a população já está sendo beneficiada por todas as ações de segurança promovidas pelos governos estadual e federal e pelas Forças Armadas. Ele lembrou que a atuação da Força de Pacificação do Exército dentro dos complexos do Alemão e da Penha teve repercussão em todo o Rio de Janeiro. “A população está sendo beneficiada até agora”.
A ideia é que a segurança reforçada para a Rio+20 cause o menor transtorno possível para a população. “Quando você tem 140 chefes de Estado se deslocando pela cidade, isso pode causar algum transtorno de trânsito. Mas o planejamento está sendo feito de forma que isso crie o menor impacto possível”.
O detalhamento da operação está sendo definido em reuniões periódicas dos órgãos de segurança envolvidos, disse Saulo dos Santos.
Edição: Graça Adjuto