Flávia Villela, Vitor Abdala e Thais Leitão
Repórteres da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A crise econômica que atinge países da Europa e os Estados Unidos pode ter impacto negativo sobre a Rio+20, mas não será suficiente para esvaziar a conferência das Nações Unidas, marcada para junho deste ano, na capital fluminense. Na avaliação do negociador-chefe do Brasil para a Rio+20, André Correa do Lago, a crise pode prejudicar o compromisso dos países mais ricos de transferir recursos financeiros a nações em desenvolvimento para que avancem na agenda sustentável.
“É evidente que num período em que os países mais ricos estão precisando de dinheiro para resolver seus problemas fica muito difícil que eles assumam compromissos de transferência de recursos para países em desenvolvimento”, afirmou.
Por outro lado, Correa do Lago acredita que a crise social e econômica cria um ambiente mais favorável para se questionar o modelo atual de produção e consumo.
“Se a ideia é ter um mundo diferente, sob novos paradigmas, o efeito da crise contribui para a discussão de mudanças significativas. A crise ajuda a pensar em alternativas”, acrescentou.
Correa do Lago ressaltou ainda que a conferência vai tratar de questões a serem resolvidas a longo prazo, que vão além da duração da crise econômica.
Edição: Lílian Beraldo