Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,58% na primeira prévia de abril – uma queda de 0,02 ponto percentual sobre a variação apurada no fechamento de março (0,6%).
Três dos oito grupos apresentaram aumentos em índices menores do que no último levantamento, entre eles, o de habitação (de 1,03% para 0,87). Nesta classe de despesa, o resultado foi influenciado pelo condomínio residencial (de 1,12% para 0,89%).
Em educação, leitura e recreação houve expressivo decréscimo com a taxa passando de 0,46% para 0,24% como reflexo do recuo de preço das passagens aéreas (de -0,65% para -4,6%). No grupo comunicação foi constatada uma variação negativa de 0,25% (ante -0,21%) com destaque para a tarifa de telefone (de 0,33% para 0,01%).
Nos demais grupos ocorreram avanços. Em despesas pessoais, a alta atingiu 0,46% ante 0,14% e foi provocada pelo reajuste de preços do cigarro que saiu de uma estabilidade para um valor 0,78% maior. No grupo vestuário, a variação alcançou 0,86% ante 0,61% com as roupas custando em média 1,1% mais caras. Esses itens já tinham subido em média 0,78%, na apuração passada.
Em saúde e cuidados pessoais, o IPC-S saltou de 0,71% para 0,76% puxado pelo pagamento de serviços de cuidados pessoais (de 0,83% para 1,07%). No grupo transportes houve alta de 0,3% ante 0,26% motivada pela elevação da mão de obra cobrada sobre os serviços de reparo em automóveis (de 1,64% para 1,8%).
Já no grupo alimentação, que tem forte peso inflacionário, a taxa teve ligeira alta (de 0,63% para 0,64%), o que significa, praticamente, uma estabilidade. Entre os itens que ficaram mais caros estão as hortaliças e legumes (de 0,26% para 0,76%).
Os cinco itens que apresentaram maior influência na inflação foram: empregada doméstica mensalista (de 4,32% para 3,55%); refeições em bares e restaurantes (de 0,77% para 0,74%); aluguel residencial (de 0,94% para 0,91%); taxa de água e esgoto residencial (de 2,44% para 1,91%) e serviço de reparo em automóvel (de 1,64% para 1,8%).
Edição: Lílian Beraldo