Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) fechou março com alta de 0,56%. O resultado superou o observado em fevereiro, quando a taxa ficou em 0,07%. De acordo com dados divulgados hoje (9) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no período de 12 meses, o índice acumula elevação de 3,32%; e de 0,93% desde janeiro.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% da taxa global, passou de queda de 0,03% para alta de 0,55% entre os dois meses. Contribuíram para o movimento os alimentos processados (de -1,06% para 0,36%) e algumas matérias-primas brutas, como soja em grão (de -0,09% para 10,9%), minério de ferro (de -2,14% para -0,2%) e laranja (de -2,12% para 21,79%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do IGP-DI, subiu de 0,24%, em fevereiro, para 0,6%, em março. A principal pressão partiu dos preços dos alimentos (de –0,02% para 0,63%), com destaque para carnes bovinas (de -3,27% para -1,05%), hortaliças e legumes (de -4,32% para 0,26%) e frutas (de 3,44% para 5,62%).
Também houve acréscimo em habitação (de 0,53% para 1,03%), vestuário (de 0,02% para 0,61%), educação, leitura e recreação (de 0,03% para 0,46%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,42% para 0,71%).
Por outro lado, foram registradas reduções nas taxas de comunicação (de 0,04% para -0,21%), transportes (de 0,31% para 0,26%) e despesas diversas (de 0,16% para 0,14%).
Último componente do IGP-DI, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também sofreu elevação no período, passando de 0,3% para 0,51% entre fevereiro e março. O custo da mão de obra subiu de 0,1% para 0,69%, já a taxa dos materiais, equipamentos e serviços diminuiu de 0,5% para 0,32%. O INCC contribui com 10% do IGP-DI.
Para calcular o IGP-DI, foram coletados preços entre os dias 1º e 31 de março.
Edição: Lílian Beraldo