Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado federal Stepan Nercessian (RJ) se licenciou do PPS, no último sábado (31). Nercessian foi um dos flagrados pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), em conversas telefônicas com o controlador de jogos ilegais em Goiás, Carlos Augusto Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A licença se dará “até que os fatos sejam apurados e esclarecidos”, disse o deputado.
Nercessian também se licenciou de todos os cargos que ocupa na Câmara dos Deputados, inclusive o de membro titular das comissões de Educação e de Segurança Pública.
Assim como o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), Nercessian confirmou que é amigo de Carlinhos Cachoeira, mas negou qualquer envolvimento nos negócios do empresário. “Para tranquilizar, se possível, aos companheiros do PPS, quero lembrar que sou nascido no estado de Goiás, onde tenho uma legião grandiosa de amigos, parentes e conhecidos. E que minha amizade com Carlinhos Cachoeira dura mais de 15 anos, antes portanto de ter exercido mandato parlamentar. E que nossas relações jamais envolveram negócios ou relações políticas”.
Nercessian e Torres não foram os únicos parlamentares flagrados pela Polícia Federal em conversas com Carlinhos Cachoeira. Outros deputados de Goiás, como Carlos Alberto Leréia (PSDB) e Sandes Júnior (PP) também tiveram telefonemas com Cachoeira grampeados pela PF.
O mais afetado pelas denúncias até o momento, no entanto, é o senador. O Supremo Tribunal Federal autorizou a quebra do sigilo bancário de Demóstenes e a abertura de inquérito para investigar o envolvimento dele com Cachoeira. Demóstenes também se reúne hoje (2) com seu partido, o DEM, para definir seu futuro na legenda.
Edição: Rivadavia Severo