Governo quer desvincular votação do Código Florestal da Lei Geral da Copa

26/03/2012 - 20h09

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Na tentativa de buscar um entendimento que viabilize a votação Código Florestal, a primeira-vice-presidente da Câmara, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), no exercício da presidência da Casa, reuniu-se hoje com o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), com o relator do código, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), e com representantes da bancada ruralista.

Rose quer desvincular a votação da Lei Geral da Copa da do Código Florestal. “Não dá para vincular essas duas votações”. Com a falta de acordo para as votações do Código Florestal e da Lei Geral da Copa, ela disse que vai se empenhar para votar, nesta semana, algumas das nove medidas provisórias que estão trancando a pauta da Casa.

O relator do código disse que não há como votar o projeto nesta semana. Segundo ele, se colocarem em votação o texto aprovado pelo Senado, será rejeitado pelos deputados. Piau também disse que a posição da bancada que defende a produção é vincular a votação da Lei Geral da Copa com a do código. “Não se vota Lei da Copa se não marcar a data de votação do código”.

O deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), da bancada ruralista e que participou da reunião, disse que para votar o Código Florestal tem que costurar alguns acordos. “Para votar a matéria tem que desatar alguns nós que existem. O principal é a questão das áreas consolidadas. Estamos tentando mostrar ao governo a realidade da produção brasileira. Nenhum país está fazendo o que querem fazer com o produtor brasileiro”.

“Estamos tentando buscar o consenso e o convencimento sobre a realidade do Brasil. Só tem ameaças do que vão dizer do Brasil quando chegar o pessoal da Rio+20. Agora nós vamos mostrar que quem vai participar da Rio+20 não faz isso que estão querendo que nós façamos aqui no Brasil”, disse Heinze. Segundo ele, na Alemanha, Itália, França, Holanda, China e no Chile não foi feito o que está sendo proposto no Brasil na questão das áreas consolidadas.
 

Edição: Rivadavia Severo