Rio de Janeiro terá luto de três dias pela morte de Chico Anysio

23/03/2012 - 17h55

Cristiane Ribeiro, Alana Gandra e Vladimir Platonow
Repórteres da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou hoje (23) luto de três dias pela morte do humorista e ator Chico Anysio, ocorrida nesta tarde. Em nota, Cabral lamentou a morte do artista e disse que “Chico soube fazer com maestria e leveza a transição do rádio para a televisão. Divertiu e semeou para sempre este encanto a todos os brasileiros com os seus mais de 200 personagens”.

O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também decretou luto por três dias. Ele disse em nota que “o Brasil se despede hoje do gênio do humor. Mestre em criar tipos memoráveis, Chico Anysio foi responsável por algo extraordinário: encher de sorrisos o povo brasileiro”.

Para o diretor da TV Globo, Carlos Manga, companheiro de longa data, Chico “foi o maior gênio que o Brasil já conheceu”.

Já o presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Coutinho, disse que “a gente perde um ator que era um pedaço de todo esse Brasil".

A atriz Regina Casé lembrou que ele tinha talentos múltiplos. Era ator, compositor, pintor, escritor e, principalmente, humorista. “Ele tinha o ímpeto de criar que saía por todos os lados. Ou ele estava pintando, ou escrevendo, ou fazendo um show, uma peça, um filme, ou o programa na TV, que é por onde a gente conhece ele mais”.

A atriz Claudia Gimenez, disse que "o Brasil perdeu o maior artista que já teve. Eu perdi meu amado mestre. Ele me inventou como artista".

O radialista, ator e crítico musical Osmar Frazão, funcionário da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), lembrou que Chico Anysio gostaria de encerrar a carreira como radialista, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, onde iniciou a carreira com Renato Murce. Segundo Frazão, Chico desejava fazer um programa sobre música popular brasileira.

A nota de falecimento, divulgada pelo Hospital Samaritano, informou que Chico Anysio não resistiu a uma parada cardiorespiratória e que a morte ocorreu às 14h52 “por causa de falência múltipla dos órgãos decorrente de choque séptico causado por infecção pulmonar”.

O corpo chega ao meio-dia de amanhã (24) ao Theatro Municipal onde será velado e abre para visitação ao público às 14h. A família informou que o corpo será cremado.

 

Edição: Rivadavia Severo