Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Após quatro meses de ocupação pelas forças de segurança, a comunidade da Rocinha, na zona sul da capital fluminense, recebeu hoje (23) um reforço de 130 policiais militares para conter a atividade criminosa no local. A Polícia Militar do Rio de Janeiro admitiu que a favela ainda tem pontos desprotegidos e espera que o reforço possa ajudar a ocupar as áreas onde ainda haja presença de traficantes.
O coordenador de Comunicação Social da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, explicou que as localidades mais preocupantes foram mapeadas e irão receber mais atenção dos policiais. De acordo com Caldas, os novos agentes vão se concentrar em patrulhas e incursões a pé. Essa estratégia visa a uma ocupação de maior amplitude, além de promover a interação com a população.
“São policiais recém-formados que atuarão no futuro em unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Então, é um estágio prático que eles estão fazendo, que será fundamental para promover a integração e esse conceito de polícia de proximidade”, disse.
Ainda segundo Caldas, somente uma parte dos novos agentes vai integrar a UPP da Rocinha, que ainda não tem data definida para implantação. Os batalhões de Choque e Florestal também receberam reforço. Já o Regimento de Polícia Montada está estudando as ruas e vielas da comunidade para analisar a possibilidade do patrulhamento com cavalos.
A Polícia Militar informou que, com os reforços, o número de militares na região passa de 300. Nesta semana dois confrontos assustaram os moradores da comunidade. Na madrugada de segunda-feira (19) uma troca de tiros entre supostos traficantes deixou três mortos e um ferido. No dia seguinte, PMs que faziam uma ronda foram atacados a tiros por um homem, mas ninguém ficou ferido.
Edição: Lílian Beraldo