Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O relator da Lei Geral da Copa, deputado Vicente Cândido (PT-SP), disse hoje (21) que discorda da decisão tomada ontem (20) pelos partidos da base aliada de retornar ao texto original enviado pelo Executivo quanto à liberação de bebidas alcoólicas durante os jogos.
"Acho muito ruim, mas fui enquadrado pelo meu partido, pela minha bancada e pelo governo. Acho muito ruim jogar isso [a liberação de bebidas] de última hora para os estados, faltando um ano para a Copa das Confederações", disse ele que é favorável à liberação de bebidas alcoólicas não apenas durante o Mundial.
Os deputados decidiram ontem suprimir do projeto o Artigo 29 que libera o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios. No lugar do artigo, será incluído o texto do acordo firmado pelo governo brasileiro com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) que suspende o Item 13 do Estatuto do Torcedor. O dispositivo proíbe bebidas em estádios de futebol.
O relator da Lei Geral da Copa acrescentou que sua intenção era mudar o texto de forma a permitir a venda de bebidas nos estádios. "Minha intenção era liberar não só para a Copa, mas alterar o Estatuto do Torcedor, uniformizando a legislação dos estados tendo em vista o momento que vive o Brasil, com a construção das arenas multiuso”, disse. "Vai ser uma solução parcial e a Fifa [Federação Internacional de Futebol] vai ter que discutir [a venda de bebidas nos estádios] com pelo menos sete estados", acrescentou.
Já o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, que visitou o gabinete de diversos senadores e também deputados da Comissão de Esportes da Câmara, mostrou-se confiante na aprovação da Lei Geral da Copa. "Tenho confiança total. Estou tranquilo. Vamos fazer uma grande Copa do Mundo", resumiu.
Edição: Talita Cavalcante
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