Da Agência Brasil
Brasília - O primeiro dos 30 trens comprados na China pelo governo do Rio de Janeiro entrou em circulação hoje (20). Com capacidade para 1,3 mil passageiros, as novas composições são equipadas com ar-condicionado, painéis digitais, TVs de plasma, câmeras de monitoramento interno e sistema de comunicação direta com o Centro Operacional da Supervia, concessionária que administra o transporte ferroviário do Rio. Mais sete trens já foram entregues pelo fabricante chinês ao governo fluminense e estão em fase de testes.
Na viagem da Estação Central do Brasil (centro da cidade) e até a reformada Estação Silva Freire, no Méier (zona norte), reaberta depois de mais de 20 anos fechada, o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, explicou que o investimento para compra dos trens foi menor do que o esperado. "A licitação saiu pela metade [do preço]. Nós tínhamos reservado R$ 900 milhões para as compras e tudo ficou em torno de R$ 500 milhões. Então, nós temos ainda mais R$ 400 milhões, que vamos investir no sistema", disse.
Além das 30 novas composições, a Secretaria Estadual de Transportes está finalizando o processo de licitação de compra de mais 60 trens. O secretário de Transportes, Júlio Lopes, destacou que os cerca de 250 mil usuários do ramal Deodoro, na zona norte, o mais denso da Supervia, vão viajar nos novos trens até o fim do ano. "O importante é que, até o final do mês de maio, nós vamos estar com todos os trens no Brasil e eles vão estar operando até o fim de julho ou agosto" .
Segundo o presidente da Supervia, Carlos José Cunha, antes de entrar em funcionamento, o trem passa por uma série de testes ao longo dos 270 quilômetros da malha. "A partir de agora, com esses dados coletados, os próximos trens sairão bem mais rápido. Em mais 15 dias, a gente deve colocar outros trens em funcionamento e, a partir daí, a cada dez dias, entrarão dois novos trens", lembrou.
O governo do Rio determinou que a Supervia compre mais 30 trens e reforme 73 que estão atualmente em circulação. A primeira composição faz parte de um pacote de investimentos de R$ 2,4 bilhões no sistema ferroviário urbano.
Edição: Vinicius Doria