Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo do Brasil se prepara para cobrar das autoridades da Austrália explicações sobre as circunstâncias que provocaram a morte do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, anteontem (18). Informações preliminares indicam que Curti foi atingido por uma série de disparos de armas elétricas usadas por policiais. O brasileiro foi morto durante perseguição policial em Sydney, a cidade mais populosa do país.
As autoridades brasileiras querem esclarecer em detalhes as circunstâncias que levaram o jovem à morte. As primeiras informações são que Curti foi perseguido por policiais que desconfiaram que ele havia furtado biscoitos de uma loja de conveniência. Curti foi detido com armas elétricas e gás de pimenta.
O cônsul-geral do Brasil na Austrália, Américo Fontenelle, acompanha pessoalmente as investigações e a assistência prestada à família de Curti, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
Em 2005, o mineiro Jean Charles de Menezes, de 27 anos, foi morto por policiais em Londres , na Grã-Bretanha, ao ser confundido com um suspeito terrorista em um trem do metrô da capital britânica. A morte dele ocorreu depois de uma série de atentados ao sistema de transporte público de Londres.
Curti morava em Sydney há menos de um ano e foi para a Austrália estudar inglês. O jovem dividia a moradia com amigos, mas tinha uma irmã vivendo na cidade e casada com australiano. Desde domingo (18), o Itamaraty, a Embaixada do Brasil na Austrália e o consulado em Sydney estão em contato com a família do estudante.
Edição: Graça Adjuto